As matrizes do ‘eu inferior’ são camadas de autodefesa criadas pela "Mente" como resposta aos choques de exclusão, humilhação, rejeição, abandono, que ela viveu durante a sua jornada.
Gula – Qualquer manifestação de voracidade, o que podemos também chamar de compulsão, pois é incontrolável.
Ela não é necessariamente ligada somente à comida, mas à qualquer tipo de compulsão: de comer, de falar, de ler, de fazer sexo, de comprar...
Isso inclui os pensamentos compulsivos.
Preguiça – A paralisação diante daquilo que precisa ser feito, ou incapacidade de fazer coisas sozinho.
O preguiçoso é comumente visto como um vagabundo, ou seja, existe um julgamento moral em relação a ele.
Mas, na verdade, ele não é um vagabundo, mas sim um refém de sentimentos congelados e suprimidos no seu sistema.
Um “workaholic” pode ser extremamente preguiçoso porque faz muitas coisas, menos o que precisa ser feito.
Esse fazer se torna uma fuga.
Avareza – O desejo de acumular coisas.
O avarento acumula, mas não divide, ele guarda e quer tudo para si: coisas, dinheiro, mulheres, homens...
Essa é uma manifestação do que eu costumo chamar de ‘medo da escassez’.
A avareza não se manifesta somente com o dinheiro, mas também pode ser avareza de amor, de sentimento, entre outras coisas.
Inveja – É um desgosto pelo sucesso alheio e uma vontade de destruir o objeto desejado.
Ela nasce de um profundo sentimento de impotência e inadequação e pode se manifestar de diversas formas, até mesmo como auto-inveja, ou seja, a inveja de alguma outra parte sua.
Ira – É impulso destrutivo manifestado como violência.
Ela pode ter muitos desdobramentos: irritação, impaciência, intolerância, fúria, rancor, vingança...
Também se manifesta de forma passiva através da mágoa e da indiferença.
Orgulho – O orgulho se vale de muitas máscaras para manter-se oculto e camuflado. Essas máscaras são as manifestações do próprio orgulho que se manifesta de diversas maneiras: vaidade, vergonha, arrogância, auto-imagem, complexo de inferioridade e superioridade, falsa humildade...
Luxúria – É o uso distorcido da sexualidade, ou seja, é a utilização da energia sexual para obter poder sobre o outro.
Pode se manifesta como sedução, ciúme e possessividade.
Medo – O medo se faz presente em todas as matrizes.
Ele inclui a dúvida, o ceticismo e todos os tipos de pânico.
Ele é o guardião dos sentimentos negados e suprimidos.
Mentira – A mais enganosa das matrizes do eu inferior.
Assim como o medo, está presente em todas as outras matrizes.
Ela vai desde a mentira descarada (que é dita ao outro para promover a si próprio), até sua manifestação mais sutil que é o autoengano, ou o esquecimento de quem tu es.
Todas as matrizes são produtos da sua identificação com o corpo.
Uma das manifestações do corpo é a sua criança ferida.
Mas, é importante que vejamos essas manifestações como complexos autônomos independentes.
Embora sejam criados pela mente, eles ganharam autonomia e agem como entidades que tem muito claro o que querem.
O que eles querem? Viver, como tudo que é vivo quer viver.
Qual é o alimento que mantém a vida de uma manifestação da sombra?
As emoções negativas que ela mesma gera.
Por isso que eu falo que a forma de identificar esses eus é identificar as suas repetições negativas. Todas as repetições negativas têm um eu psicológico no comando.
Estudos.
Texto revisado e compilado por Leo Àguila, retirado do seu FB.