Devido ao sistema de sobrevivência que o Ser Humano tem implantado, ele funciona (inconscientemente) em permanente dualidade.
A dualidade do é Bom ou é Mau?
Desde que nascemos que apreendemos experiências, algumas nossas, mas a maioria dos Outros. Ou seja, aquilo que acaba por nos formar são as experiências alheias que tomamos como nossas. Somos ensinados, mediante a cultura onde nos inserimos, o que devemos considerar Bom ou Mau.
Assim é formado o nosso Ego!
O Ego engloba tudo aquilo com que (pensamos nós) nos identificamos e instintivamente procuramos proteger.
A primeira questão que surge perante qualquer situação (mesmo que não nos demos conta, fazêmo-lo efectivamente): "É Bom ou é Mau para com aquilo que EU me identifico?" (Traduzindo: "É Bom ou é Mau para Mim?" , sendo que o Mim é Tudo aquilo com que nos identificamos!)
Alguém que se identifica com um Clube de Futebol vai sofrer com a sua derrota e ficar feliz com a sua vitória.
O Clube não faz parte da pessoa física, mas faz parte daquilo com que o Eu se identifica. Ou seja, o Ego não engloba apenas A pessoa, mas Tudo o que faz parte do seu Mundo ( família, casa, amigos , clube de futebol, carro). Em qualquer um dos exemplos, se algo de mau acontecer a pessoa fica triste, se for bom fica alegre.
A identidade (Ego) é aquilo que pensamos de nós próprios. Daqui surgem as limitações e os auto-boicotes, pois a identificação com aquilo que não somos é o que nos traz sofrimento.
Podemos passar a vida inteira identificados com algo que não é quem efectivamente somos.
Quem está identificado com a doença vai-se sentir atraído pelo que potenciar a doença. É essa a sua zona de conforto!
A zona de conforto de alguém pode ser a escassez material... e por mais que socialmente até verbalize que gostaria de alterar tal situação, na realidade tem receio das responsabilidades que tal abundância possa trazer. Quantas situações já ouvimos falar de pessoas que ganharam avultados prémios monetários e em pouco tempo voltaram à situação anterior? Não souberam lidar com a mudança. Foi de tal modo assoberbante, que inconscientemente fizeram os possíveis e os impossíveis para retornar à sua zona de conforto.
Reconhecer esta dualidade e sacudir todos os paradigmas (auto) impostos requer coragem. Porque se nos despirmos de tudo aquilo que pensamos que somos, com que ficamos?
A resposta é Única e Pessoal...
É o Caminho Interior...
A busca do EU SOU!
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