terça-feira, 26 de março de 2019

Os Espiritualistas precisam falar sobre a sexualidade





E precisam fazer isso logo. Para ontem. Sob pena de fracassarem a Transição Planetária inteira e o próprio Despertamento.

Despertar não é apenas sinónimo de comer melhor, olhar para a natureza, meditar, abraçar a ecologia, desenvolver consciência sócio-política, consagrar Medicinas da Floresta. Despertar é antes de mais nada acordar para o Eu Matriz, o Eu Sou, e compreender o que foi planejado pela Alma para esta experiência divina na Terceira Dimensão em Gaia. Ou seja, é descobrir quem realmente é e a própria Missão de Alma, baseada nas virtudes e necessidades do Espírito.

Se não despertarmos, não conseguiremos ressignificar nada daquilo que nós precisamos para construir a Nova Terra.

Nesse contexto, Despertar está directamente associado à subida incontrolável, inevitável e CONSCIENTE da Energia Primal. A Primal é a própria Kundalini, a Serpente de Fogo do Hinduísmo, velha conhecida de todas as Escolas Iniciáticas e dos Povos Xamânicos.

Kundalini é força telúrica gerada pela própria Terra em seu núcleo de ferro líquido e incandescente; essa é sua natureza.

Ao subir pelos nossos corpos, desperta os dons dos nossos diversos órgãos psíquicos em uma oitava superior. A presença no estar vivo, se nutrindo e experimentando, a criatividade e o impulso de se relacionar, o impulso de se colocar verdadeiramente perante o mundo, os afectos e sentimentos mais sublimes, as conexões reais e não egóicas, a visão espiritual e a apoteose (fenómeno de tornar-se Divino).

Por outro, quando a Kundalini está inactiva, bloqueada, invertida, desconectada, castrada, negada, o fenómeno inverso acontece: não queremos viver, não sentimos prazer, perdemos a criatividade ou desejo sexual ou, ainda, manifestamos esse poder de forma compulsiva e adoecida, no campo dos traumas e abusos emocionais, nos retraímos, cedemos à paralisia do medo, sentimos o vazio do amor ou nos prendemos a relações desequilibradas, somos incapazes de dar voz à nossa alma, nos aprisionamos aos julgamentos, perdemos a visão do Espírito e nos tornamos verdadeiros “satãs” vivos (lembrando que Satanás significa “adversário”).

Nos tornamos adversários da vida, do Divino em nós, do amor, do prazer, do Eu Sou, da Alegria, da libertação, enfim, de tudo o que possa ressignificar essa linda experiência na Terra, e viramos aliados da mentira, do caos, das dores e dos abusos.

Não é de hoje que praticantes de muitas vertentes espiritualistas vêm castrando o poder da Kundalini e se negando a olhar para suas afectividades e sexualidade; “reforma íntima” virou sinónimo de castrar-se, de não olhar e integrar sombras; sexo é ruim, precisamos “sublimar”(para eles, sublimar é o mesmo que castrar, reprimir e anular).

Pois bem, tudo que é reprimido um dia emerge de forma violenta e destrutiva. Nada, absolutamente nada, distingue o comportamento de muitas doutrinas espiritualistas dos comportamentos tão criticados (por eles mesmos) de celibato forçado por padres e pastores, que reprimem tanto seus afectos e sexualidades que terminam extravasando muitas vezes sob formas de abusos terríveis.

Muitos espiritualistas, contudo, conseguiram sustentar sua máscara por muito tempo; eis que a Transição vem e arranca. Temos visto nos últimos tempos referências e lideranças espiritualistas tombarem vítimas de suas próprias palavras “sublimadoras”, castradoras, repressivas, de uma falsa luz.

Os espiritualistas que lidam actuam com dons psíquicos ou mediúnicos, então, são os primeiros que precisam parar para reflectir: o que estão fazendo com seus afectos e com a sua sexualidade?

Essa observação é imprescindível porque é um FACTO que médiuns, mulheres ou homens, possuem percentual de captação de Kundalini acima da média, por ser justamente essa a força que lhes permite desenvolver seus dons mediúnicos, de cura, etc.

Invocar a Força Primal e, ao mesmo tempo, não trabalhar os afetos, as couraças, as memórias de dor, as questões sexuais e afectivas, é a mesma coisa que chamar A Besta na Terra e dar carta branca para que ela arrase os esforços de Despertamento promovidos pelos Guerreiros da Luz.

E é ignorante quem pensa que consegue captar a Kundalini e forçar seu controle apenas pela aplicação de técnicas magnéticas; se não trabalhar a Kundalini na ALMA, é impossível transformar as manifestações telúricas dela em nossas aliadas.

Fechar os olhos para essa realidade é o que foi feito nos últimos 2.000 anos e os Despertandos não podem mais compactuar com a mentira.

É a queda dos falsos profetas. E eles não poderão mais, nunca mais, nos dizer como amar, como viver, como expressar nossas essências.

A Energia Primal é tudo o que “eles”, que conduzem o sistema da matrix, não querem que entremos em contato. E eles existem em todos os cantos; mídias, escolas, igrejas, centros espiritualistas.

Também não se trata de abraçar a libertinagem. A libertinagem serve aos mesmos senhores da escuridão e é só uma adaptação de discurso para um outro público, que leva igualmente à destruição da consciência.




CONSCIÊNCIA e RESPONSABILIDADE são as palavras. Abrace afectos. Abrace conexões. Abrace seu eu. Compartilhe o que tiver de melhor, sua presença. Abrace sua sexualidade. Compreenda o que precisa ser curado. E expresse o que precisar ser expressado. Tenha sua Anima (o aspecto feminino da sua psiquê) e o seu Animus (o aspecto masculino da sua psiquê) como seus aliados, seja inteiro. E assim você não será ferido, nem ferirá sem querer. Os Despertos vieram trazer cura, não aumentar os machucados do mundo.

Libertem-se dos profetas da polarização, não importa a área.

Irmãs e Irmãos do Caminho Vermelho, do Axé, têm recebido das Sagradas Medicinas, dos seus Guias, Orixás e dos Seres Interdimensionais um clamor, apelo de alma, pelos processos de compreensão, cura e ascensão da Kundalini.

Em breve faremos uma série de postagens sobre o Tantra e seu lugar espiritual e terapêutico, abordando essa Sagrada Medicina responsável por dissolver traumas, dores, medos e padrões repetitivos.

A Era de Aquário será a Era dos afectos conscientes.

Fonte : pagina Ashtar Sheran, por Alessandro Castro

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